17 de dez. de 2012


Carlos Reis, o destaque que desfila ao lado da águia da Portela

  • Com 30 anos de avenida, ele foi convidado para desfilar na escola por Clara Nunes


Carlos Reis mostra cristais que mandou vir da Suíça para a fantasia de 2013, quando representará o deus Tupã no desfile da Portela
Foto: Diego Barreto / O GLOBO
Carlos Reis mostra cristais que mandou vir da Suíça para a fantasia de 2013, quando representará o deus Tupã no desfile da Portela Diego Barreto / O GLOBO
RIO — Ele desfila ao lado de um dos ícones mais aguardados do carnaval carioca. Primeiro destaque da Portela desde 1993, Carlos Reis, de 59 anos, não esconde o orgulho de ser o componente que atravessa a Sapucaí mais perto da águia símbolo da escola de Oswaldo Cruz e de Madureira. Apaixonado pela azul e branca, Carlos comemora 30 anos de avenida em 2013. Ele revela que começou a desfilar depois de ser convidado pela cantora Clara Nunes.
— Em 1983, eu fui pela primeira vez ver o desfile. Cheguei à concentração e vi uma mulher perto da ala das baianas da Portela. Ela tinha uma energia, parecia uma entidade. Fiquei observando meio pasmo. Ela me viu e veio até mim. Me perguntou se eu desfilava na Portela. Respondi que não, que estava apenas vendo. Ela me deu um beijo no rosto e disse que eu estava convidado a estar na escola no carnaval seguinte. Aquele linda mulher era Clara Nunes — lembra Reis.
Ele conta que, quando soube da morte da cantora, em abril daquele mesmo ano, encarou como questão de honra a participação no desfile da escola.
— No carnaval de 1984, eu desfilei em uma ala da Portela. Foi uma homenagem a Clara Nunes. Foi muito emocionante. Cruzei a avenida lembrando quando ela falou comigo no ano anterior. Desde então, nunca mais deixei a escola — conta Carlos, que começou a desfilar como destaque na Tradição até ganhar a mesma função na Portela, em 1990.
Funcionário de um salão em Ipanema, Reis diz que ser destaque exige sacrifícios. O custo da roupa, que pode ultrapassar a cifra de R$ 100 mil, é um deles.
— Só desfila como destaque quem pode. O material da roupa é caríssimo. Minha fantasia do ano que vem tem penas de faisão e cristais que mandei trazer da Suíça. Trabalho bastante para fazer minha roupa. Mas vale muito a pena. Amo estar na avenida e ajudar a valorizar a minha escola.
Carlos diz que um dos segredos para brilhar no Sambódromo é a fidelidade ao atelier onde é confeccionada sua fantasia. Ele conta que, há duas décadas, tem o mesmo costureiro.
— Se eu não for fiel ao Edmílson Lima, a roupa desanda. Ele já tem minhas medidas. Recebo o desenho do carnavalesco e trago para ele. Faça umas duas provas de roupa e no dia do desfile é um sucesso. A fantasia de 2013 representará Tupã, já está em andamento — diz o destaque, ressaltando que apesar da posição privilegiada de desfile, no abre-alas da Portela, se considera apenas um componente que ama sua agremiação.
— Estou na avenida representando um personagem. Mas sou um componente. Tenho consciência de que o grande destaque é a águia. Amo minha Portela, e ninguém é maior que ela — conclui.

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